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quinta-feira, 28 março, 2024

A amamentação fortalece os vínculos entre mãe e filho

Na Semana Mundial de Aleitamento Materno, especialista fala sobre alimentação saudável na primeira infância

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) chama a atenção para a urgência da nutrição adequada na primeira infância para o crescimento e o desenvolvimento de meninas e meninos. O tema entra em destaque durante a Semana Mundial de Aleitamento Materno – de 1º a 7 de agosto –, e especialistas abordam o assunto como forma de incentivar e informar sobre os cuidados que começam logo após o parto, com a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida, seguida da introdução alimentar do bebê, e então englobando a alimentação de toda a família.

Para orientar mães e pais sobre esse momento tão importante do desenvolvimento infantil, o gineco/obstetra e coordenador do programa “Nascer Bem” do Sistema Hapvida-GO, Dr. Antônio Carlos da Silva Júnior, afirma que o leite materno possui tudo de que o bebê precisa para o melhor desenvolvimento nos seus primeiros seis meses e é um alimento precioso nos anos iniciais da vida da criança, sendo um grande aliado no enfrentamento da mortalidade na infância e da desnutrição. “É fundamental para o binômio, e deve ser iniciado imediatamente após o nascimento, e deve ser contínuo e prolongado, para que se estabeleça o reconhecimento entre mãe-filho, além dos benefícios fisiológicos, imunológicos, psicossociais, após o parto e nos primeiros anos de vida. Pensar no aleitamento materno, e pensar em benefícios a curto, médio e longo prazo para a mulher e criança”, ressalta Dr Antônio Carlos Júnior.

De acordo com dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), apresentado em 2019, no Brasil, esse direito não é garantido a todas as crianças. “Menos da metade das crianças (45,7%) recebe amamentação exclusiva até os 6 meses, como recomendado pelas autoridades de saúde. Além disso, 10% das crianças menores de 5 anos já estão em sobrepeso, e 18,3% em risco de sobrepeso”, diz a pesquisa.

Para o especialista, o baixo índice de amamentação se dá pela falta de informação acerca da importância do aleitamento materno nos seis primeiros meses de vida. Vivemos num turbilhão de informações diariamente, porém essas informações não são precisas e corretas o suficiente. Por isso, o Sistema Hapvida criou em 2021, o programa “Nascer Bem” que promove capacitação mensal dos profissionais, envolvendo enfermeiros, fonoaudiólogos, técnicos de enfermagem, médicos e pediatras. Segundo o coordenador, o programa é referência na atenção suplementar, com 40% de partos normais em menos de um ano, taxa de internação em UTI Neonatal menor que em países desenvolvidos e baixa taxa de intercorrências obstétricas. “Nosso objetivo é estimular o parto vaginal e informar sobre seus benefícios. Bem como, melhorar os indicadores maternos neonatais, reduzir taxa de cesariana e internação em UTI neonatal, satisfação da mulher e da família, com assistência multiprofissional baseada em evidencias”, explica Antônio Carlos Júnior.

A iniciativa, segundo o médico, “estreita o vínculo entre mãe e filho, independentemente do cenário, com o objetivo de proporcionar segurança alimentar aos lactentes desde o início da vida e contribuindo para a segurança alimentar de toda a família”.

De acordo com o especialista, a Semana Mundial de Aleitamento Materno aumenta a capacidade de promover apoio ao processo de aleitamento materno, que além de mãe e filho, envolve muitos protagonistas e vários níveis. “Apoiar e fortalecer o aleitamento materno deve ser uma ação diária, contudo, no mês de agosto intensifica-se o apoio ao aleitamento materno, com atualizações dinâmicas e práticas para os profissionais que estão na assistência, também, envolvendo a mulher e família no processo. É uma ação mundial, de grande impacto social”, reforça.

Para o Dr. Antônio Carlos Júnior, a amamentação é uma ação de responsabilização social em relação a criança, pois são inúmeros os benefícios, nutritivos, imunológicos, sociais. Portanto, é importante a intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Já as mulheres precisam de apoio do serviço de saúde, do local de trabalho e da comunidade para amamentar de forma otimizada, progredindo de um nível para o outro. Há uma necessidade urgente de melhorar a educação e aumentar a capacidade de todos os protagonistas que trabalham ao longo da cadeia. A Semana Mundial de Aleitamento Materno se concentra em aumentar essa capacidade”, completa.

Fonte: G1

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